domingo, 29 de abril de 2012

O estilo “Pedagogizador”


O estilo “pedagogizador” limita-se a instruir, reproduzir conhecimento, aplicar técnicas ao aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado.
Seu suporte é a consideração de que há dois fatores estanques em todos os processos em que algum tipo de conhecimento seja requerido: um sujeito de conhecimento de um lado, e uma realidade a ser conhecida de outro. A conseqüência para a educação, bem como em termos de propostas pedagógicas, é a restrição à aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado. Em contraposição, propomos analisar um modelo calcado na intersubjetividade, mais apto a conduzir para a educação, entendida num sentido construção de pessoas emancipadas, criativas, autônomas. Chamamos este modelo de “modelo educacional”. Mas não consideraremos que diálogo, intersubjetividade, modelo comunicativo, etc., bastem. Será ainda preciso mostrar seus pressupostos teóricos, as implicações decorrentes, e principalmente, como ele pode ser aplicado, aliviando as dificuldades pelas quais passa nossa sociedade, sendo o papel da educação central para compreender essas dificuldades e propor mudanças. Este é um processo complexo, e, evidentemente, a própria educação, especialmente a educação formal, escolar, precisa ser revista com urgência.
A prática da intersubjetividade, produtora de sujeitos capazes de linguagem e de ação, com opinião e vontade formadas de modo a possibilitar liberdade comunicativa, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, são os pressupostos de qualquer sociedade democrática, essenciais à educação. As práticas educacionais, ao produzirem indivíduos mais livres, autônomos, e não autômatos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas em processos jurídicos, políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos sinceros e abertos à crítica, são fundamentais para as práticas educacionais. E estas representam o solo de germinação da ação comunicativa. A importância extrema da educação decorre de ela servir como anteparo à tecnicização, à colonização do mundo da vida pelo sistema, mas também deve servir para intervir no meio dinheiro e poder, de modo a enfrentá-los pela democracia e pelo direito.

2 comentários:

  1. Ao estudar sobre o método pedagogizador notamos que o mesmo é muito parecido com o método tradicional onde os alunos são ensinados de maneira condicionados, ou seja, forma mecânica. Enquanto que a prática da subjetividade permite ao educando ser pessoas mais livres, capazes de avaliar suas atitudes usando suas próprias idéias para defender seus ideais. Então é notório que o método da subjetividade precisa ser aplicado nas salas de aula e divulgados entre os educadores para que as mudanças na educação seja realizadas.

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  2. DOUGLAS,
    Observamos que no Brasil, a grande maioria das escolas são escolas com o sistema de ensino pedagogizador, ou seja, os professores estão preocupados somente em fazer os alunos reproduzirem conhecimentos. Sendo que o principal objetivo da educação é formar cidadãos aptos, críticos e atuantes para a sociedade, porém para mudar esta realidade o sistema precisa SER O MÉTODO DA SUBJETIVIDADE.

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